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1 de abril de 2019

Propranolol é um betabloqueador indicado para pressão arterial a ansiedade e as enxaquecas

O propranolol é, possivelmente, o medicamento mais conhecido para tratar a ansiedade social. É um relaxante muito efetivo que reduz as taquicardias, a pressão e a sudorese.


Além disso, esse tipo de medicamento betabloqueador também costuma ser receitado para tratar enxaquecas e cefaleias, e para prevenir problemas cardíacos em pessoas que sofreram anginas de peito.Pode ser que, à primeira vista, esse medicamento nos pareça, em muitos aspectos, uma solução milagrosa. Porém, seu mecanismo de ação se baseia unicamente em um aspecto muito concreto: o de ser um betabloqueador. Ou seja, o seu principio ativo, o propanol, atua como antagonista da adrenalina e da noradrenalina e, graças a isso, a pressão arterial fica regulada, o ritmo cardíaco baixa e todos esses sintomas fisiológicos relacionados com a ansiedade são reduzidos.

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O propranolol é um medicamento do tipo betabloqueador. Reduz a pressão arterial, a ansiedade, as tremedeiras, bem como a dor de cabeça ou as enxaquecas.

É importante dizer que o propranolol é uma das estratégias clínicas mais comuns na hora de tratar a fobia social, assim como o medo de falar em público. Pois bem, sabe-se que hoje em dia são muitas as pessoas que recorrem a esse medicamento quase como uma “muleta emocional”. Diante de qualquer situação que lhes cause medo, ansiedade ou preocupação, recorrem a esse betabloqueador para amenizar os sintomas associados a essas realidades internas.

O problema da nossa ansiedade social
Há alguns anos foi publicado um artigo interessante no “Daily Mail” que discutia exatamente o impacto desse tipo de betabloqueador na nossa sociedade.

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O propranolol é utilizado por algumas pessoas para mascarar uma realidade emocional que, longe de ser encarada ou tratada, é camuflada, optando-se por adormecer a reação fisiológica que provoca essas emoções. Procuramos ser práticos a qualquer preço e, às vezes, inclusive passando por cima da nossa saúde.

O artigo relata o caso de várias pessoas. Temos o exemplo de Laura Woodward, de 30 anos de idade. Ela toma o propranolol desde que era adolescente. Graças a esse medicamento, ela pode enfrentar as situações sociais que geram ansiedade: sair com amigos, fazer uma prova, na hora de dirigir, quando vai a uma festa ou a um compromisso…

A doutora Natasha Bijlani, psiquiatra consultora especializada em saúde mental do Hospital Priory de Londres, comenta que esse exemplo não é isolado. São muitas as pessoas que procuram tratamento para os sintomas de ansiedade sem se perguntar qual é a sua causa, por que ocorrem e o que poderiam fazer para responder de forma mais adequada a essas situações cotidianas.

Assim, e apesar de esse medicamento não ser daqueles que geram mais dependência, é importante mencionar que a sua finalidade não é essa. Ele ajuda a relaxar e a ter um maior controle do próprio corpo. Entretanto, seria mais benéfico poder compreender e administrar as emoções, a mente, e nos sentirmos capazes de enfrentar qualquer situação.

Para que serve o propranolol?
Estamos diante de um medicamento tão eficaz quanto útil em muitos aspectos. Assim como apontamos, o seu principal mecanismo de ação é inibir os hormônios que lidam com o estresse ou a superativação fisiológica, isto é, a adrenalina e a noradrenalina.

Pois bem, a maioria das características do propranolol estão centralizadas no nosso sistema cardiovascular. Ao regularmos a atividade do sistema nervoso simpático, conseguimos reduzir a frequência cardíaca, as tremedeiras, a sudorese, bem como todos os problemas digestivos que experimentamos quando sentimos muita ansiedade. 
É muito útil para pacientes que superaram uma angina de peito ou um infarto cardíaco. 
Graças a sua ação vasodilatadora e relaxante, ele costuma ser de grande ajuda para as pessoas que experimentam enxaquecas ou cefaleias tensionais. 
Também é útil para tratar problemas da glândula da tiróide. 

Além disso, este medicamento é efetivo para as pessoas que sofrem de glaucoma (lembremos que esta doença se relaciona com a hipertensão). 

Efeitos colaterais do propranolol
O propranolol não é um psicofármaco propriamente dito. O seu uso clínico vai mais além do âmbito psiquiátrico e, como podemos deduzir do seu mecanismo de ação, acaba sendo indispensável às pessoas com problemas cardíacos. Pois bem, isso não significa, em absoluto, que ele não tenha efeitos colaterais e que possamos tomá-lo sempre que quisermos.

Como sempre mencionamos em nosso espaço sobre o assunto de medicamentos, o seu consumo deve estar pautado por profissionais. 

O propranolol pode apresentar sintomas adversos em caso de abuso. Vejamos a seguir: 
Sensação de cansaço extremo. 
Ritmo cardíaco diminuído. 
Alterações de sono, principalmente pesadelos. 
Mãos e pés frios (a circulação não chega às extremidades como deveria, devido ao pulso baixo). 
Doença de Raynaud: formigamento e espasmo nos dedos, além de dores e sensação de calor.Para concluir, advertimos somente que esse medicamento não deve ser utilizado em caso de asma, hipotensão, problemas renais ou em caso de diabetes. A melhor coisa é consultarmos nosso médico e lembrarmos, mais uma vez, o apontado ao longo do nosso artigo. O propranolol é útil; é um medicamento ideal para tratar a ansiedade social. Entretanto, não nos esqueçamos de que a química somente é eficaz para aliviar os sintomas, mas nunca poderá solucionar um problema. Para isso, temos a psicoterapia.

Tabela - Resumo das doses de propranolol para Adultos (em doses divididas) 

Dose mínima/dia Dose máxima/dia 

Hipertensão 160mg /640mg 
Angina pectoris 80mg /480mg 
Arritmias 30mg /240mg 
Enxaqueca 80mg /240mg 
Tremor 40mg /160mg 
Ansiedade 80mg /160mg 
Taquicardia por ansiedade 30mg /160mg 
Tireotoxicose 30mg /160mg 
Cardiomiopatia 30mg /160mg 
Feocromocitoma 60mg (pré-operatório) 60mg

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