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15 de março de 2019

O que são lesões musculares, como proteger, tratar as lesões

As lesões musculares são uma das principais causas de afastamento dos praticantes de atividade física dos seus treinos. Apesar disso, elas não são privilégio somente dos atletas amadores e profissionais. Qualquer pessoa pode estar sujeita a uma lesão muscular enquanto realiza suas tarefas do dia-a-dia.


Tipos de Lesão Muscular
As principais lesões musculares são: estiramento, distensão, contusão e ruptura. A laceração ou ruptura envolve o rompimento total das fibras musculares, sendo a menos comum das lesões. Praticamente 90% de todas as lesões musculares são contusões ou estiramentos.


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De acordo com o tempo que demoram a serem regeneradas, as lesões musculares são divididas em agudas e crônicas. As lesões agudas são aquelas que levam menos de três semanas para serem recuperadas.

Quanto ao tipo, as lesões podem ser divididas entre as causadas por fatores intrínsecos, ou aquelas ocasionadas for fatores externos (ou extrínsecos). A contusão é um exemplo de lesão muscular causada por um fator extrínseco, que pode ser um trauma ou choque, relativamente comum em esportes coletivos.

Já a distensão, o estiramento e a ruptura são exemplos de lesões musculares causadas por fatores intrínsecos; ou seja, não envolvem um trauma direto ao músculo.

Graus de Lesão Muscular
Quanto à gravidade, as lesões musculares são classificadas em três graus distintos:

Grau 1: É a lesão muscular que envolve a ruptura de poucas fibras musculares. Menos de 5% das fibras totais do músculo são afetadas, e o inchaço é mínimo. O desconforto é pequeno e ocorre principalmente quando o músculo é contraído ou alongado. Não há perda de função.

Grau 2: As lesões de segundo grau envolvem um rompimento maior de fibras musculares, podendo afetar de 5 a 50% do músculo lesionado. O edema (inchaço) é maior e a capacidade de contração fica muito afetada. Além de não conseguir movimentar adequadamente o músculo, a dor é mais intensa que na lesão muscular de Grau 1.

Grau 3: Há uma ruptura total do músculo, com grande parte das fibras sendo afetada. Há uma perda completa da função muscular, com grande hemorragia e edema. A dor é praticamente constante e o tratamento muitas vezes é cirúrgico.

Estiramento Muscular
O estiramento muscular é classificado como uma lesão de Grau 1, e não envolve o rompimento de uma grande quantidade de fibras musculares. Menos de 5% das fibras totais do músculo são afetadas, e normalmente não ocorre um hematoma (derramamento sanguíneo).

Na realidade, o que ocorre é que as fibras são alongadas exageradamente, causando uma dor tópica e que pode piorar com esforço.

Falta de alongamento e aquecimento e exagero na atividade física são alguns dos fatores que podem causar estiramento muscular.

Distensão Muscular
A distensão é uma lesão muscular muito semelhante ao estiramento, causada por um alongamento excessivo das fibras musculares. Diferentemente do estiramento, no entanto, a distensão muscular envolve o rompimento de uma quantidade maior de fibras musculares.

De acordo com a quantidade de fibras lesionadas, a distensão pode ser de 1º, 2º, ou 3º grau, sendo a mais comum a distensão muscular de 2º grau, que envolve o rompimento de até 50% das fibras musculares.

Entre as principais causas da distensão muscular, temos: uso excessivo da musculatura, contração exagerada e mau uso do músculo. A prática de alguns esportes sem a técnica adequada também pode predispor o praticante à distensão muscular.

E assim como no estiramento, a distensão também é uma lesão muscular que pode ser causada por falta de aquecimento e alongamento, além da própria fadiga muscular.

Aumentar muito rapidamente a intensidade da atividade física pode também levar à distensão muscular: um exemplo são os corredores iniciantes, que querem aumentar demais a quilometragem em um curto período de tempo, sem que a musculatura tenha tido tempo para se adaptar ao esforço. Outro exemplo é quem resolve repentinamente aumentar a carga dos aparelhos na academia, sem ter feito previamente uma adaptação com pesos menores.

Bastante comum entre jogadores de futebol, a contusão muscular é considerada uma lesão traumática aguda, causada pelo choque de algum objeto (ou alguém, no caso de esportes coletivos) sobre o músculo. A contusão muscular pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a severidade do choque e do tempo necessário à recuperação.

Na contusão leve, pode haver ou não edema, e normalmente a dor diminui em pouco tempo. Nos casos de contusão moderada e severa, a dor é intensa e há infiltração de sangue nos tecidos anexos ao músculo, causando edema e um grande hematoma.

Disfunções musculares
Ao contrário das lesões, as disfunções musculares, em princípio, não afetariam a integridade física das fibras musculares. A câimbra e a contratura são disfunções relacionadas ao mecanismo de contração muscular, e não à estrutura das fibras do músculo.

Câimbra
A câimbra é causada por uma súbita contração involuntária do músculo, causando dor quase que imediata e em variados graus. Não há ainda um consenso sobre o que causa a câimbra, mas as hipóteses mais prováveis falam em desidratação e diminuição do potássio e sódio disponíveis para as células.

Contratura Muscular
Aqui não há lesão muscular nas fibras, mas sim um problema com o mecanismo de contração da musculatura. A contratura ocorre devido à falta de relaxamento dos músculos durante a atividade física de alta intensidade. Ou seja, o músculo deveria relaxar após o exercício, mas acaba permanecendo contraído, causando dor.

O excesso de atividade física, uma postura incorreta durante a prática do exercício ou um rápido aumento nos treinos podem causar a contratura muscular.

Como tratar uma lesão muscular
O tratamento para lesão muscular irá variar de acordo com o grau da lesão e o nível de dor no local. Lesões musculares menores como o estiramento podem ser tratadas somente com uso tópico de gelo ou uma pomada analgésica para diminuir o desconforto. Já uma contusão ou distensão severa devem ser acompanhadas por um médico ortopedista, que irá determinar o grau da lesão e um tratamento adequado.

Proteção (Protection): proteja o local para evitar trauma.

Descanso (Rest): tão logo seja detectada a lesão, deixe o músculo em repouso. Isso não somente auxiliará na recuperação como evitará novas lesões no local. Se a lesão muscular for leve, volte às suas atividades físicas após alguns dias, sempre respeitando seus limites e evitando grandes esforços com o músculo lesionado.

Gelo (Ice): para não queimar a pele, coloque cubos de gelo em um saco plástico e envolva em uma tolha. Faça diversas aplicações ao dia, sempre evitando ficar mais que 20 minutos com o gelo sobre a lesão.

Compressão (Compression): O objetivo da compressão é reduzir a circulação sanguínea no local da lesão, limitando assim o edema. Você pode utilizar uma faixa elástica, mas fique atento para não apertar demais o músculo lesionado, pois isso inibiria totalmente o fluxo de sangue para a região, podendo até mesmo provocar uma gangrena. Se você sentir dor ou dormência no local, retire ou afrouxe a bandagem.

Elevação (Elevation): A elevação do membro contundido facilitará a drenagem venosa do local, diminuindo a pressão sanguínea na região lesionada. Como consequência, haverá uma redução no inchaço. O método é mais eficaz quando o membro lesionado é elevado acima do nível do coração.

Outra dica para acelerar o tratamento da lesão muscular é combinar a compressão com a aplicação de gelo no local, por um período de 15 a 20 minutos. Espere pelo menos uma hora antes de repetir o procedimento.

Além das medidas acima, a utilização de anti-inflamatórios e pomadas de arnica podem acelerar o tratamento e também ajudar a controlar a dor. Fique atento, no entanto, ao fato de que a utilização de analgésicos e anti-inflamatórios pode mascarar lesões mais graves e que necessitam de cuidados médicos.

Dicas para evitar lesões musculares

Faça sempre um alongamento moderado antes e depois da atividade física.

Faça um aquecimento de pelo menos cinco minutos antes de começar o exercício.

Se você corre, evite aumentar sua quilometragem em mais de 10% de uma semana para outra.

Para quem está muito acima do peso, recomenda-se tomar muito cuidado com atividades de alto impacto, como a corrida e alguns exercícios de ginástica. O melhor é dar preferência a atividades mais leves, pelo menos no início.

Faça fortalecimento muscular na academia.

Mantenha uma alimentação adequada para sua atividade física. Uma alimentação deficiente pode deixar de fornecer os nutrientes necessários para o trabalho muscular, favorecendo a ocorrência de lesões.

Quando posso voltar aos treinos?
O retorno à atividade física irá depender da gravidade da lesão. Nos casos de lesão muscular leve, a decisão de voltar a se exercitar deve levar em conta dois fatores: a capacidade de alongar o músculo lesionado e a ausência de dor no local ao realizar alguns movimentos. Já no caso de lesões mais graves, você deverá conversar com seu médico para obter liberação para suas atividades.

Retorne aos poucos ao seu esporte, evitando nos primeiros dias treinar com a mesma intensidade de antes da lesão muscular. Faça um aquecimento e alongamentos antes de iniciar a atividade, e cuidado com movimentos bruscos com o músculo em regeneração.

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